Quem sou eu

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Sou um andarilho falastrão.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

QUERO!


Dormir.

Dormir, para alguns, pode significar preguiça, falta de vontade pra tudo ou, até mesmo, prazer. Dormir, para outros, pode significar remédio. Remédio que não cura, mas esconde a dor de quem a sente. É uma derrota tão grande ver quem você ama sofrer e não poder fazer absolutamente nada.

VIDA

A vida é complexa demais. Todos os prazeres e sentimentos que temos servem para nos manter vivos, não? O sentimento de saudade é o paradigma dessa observação.

ADEUS

Ou até logo? Duvidamos, sempre duvidamos para onde vamos quando somos obrigados a colocar um ponto final em nossa história. Afinal, é adeus ou até logo?

Você tem fé? Acredita em que? Eu sempre apostei todas minhas fichas no amor.

LABIRINTO

Estou num deles.

SORRISO ALHEIO

Esse é meu principal objetivo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A máquina

Abandonada foi ela, encontrada por Martine, abandonado também. A solidão, tão reconhecida e renegada, acabara de conhecê-lo. Martine, vinte e três anos de pura vida, saudável, feliz e, às vezes, quieto. Resolvera encontrar-se em mais um de seus dias. Sua rotina o fizera prisioneiro. Martine, chamado por seus colegas de indeciso, nunca se contentava com o mundo, muito menos com sua vida. Seu porão, único amigo encontrado nas estações, era repleto de objetos esquecidos. Entre eles, encontrou uma máquina de escrever – muito velha, por sinal. Fabricada em 1970, período de ditadura militar em seu país. Em seu raro ócio, resolveu tentar descobrir-se através da escrita. O início, como sempre, foi difícil. Não sabia o que escrever, tinha muitas idéias, porém, efêmeras. Iam embora, assim como os carteiros em dias de chuva. Martine era um rapaz completo – para os outros, claro – acordava cedo, freqüentava as aulas de Filosofia, escrevia cartas para as pessoas analfabetas que queriam manter contato com seus entes e, aos finais de semana, nos últimos meses, ia com sua mulher, Coralina, para os jogos de azar. Coralina era uma mulher robusta, aonde chegava causava frisson aos presentes. Filha do prefeito da cidade, freqüentava os melhores lugares, usava as melhores roupas e, é claro, usufruía de tudo em excesso. Certo dia, aliás, perguntara a Martine se ele não gostaria de mudar de curso, tornar-se como o pai dela, um homem respeitado em toda cidade, afinal, para ela, Filosofia era uma ciência muito desnecessária para uma sociedade movida a onças e peixes. Martine, com seu jeito intelectual, sempre inventava uma desculpa qualquer.

- Veja bem, Coralina, sei que seu pai é um prefeito renomado, todos o respeitam, só, que, eu prefiro continuar estudando as retóricas dos sofistas, afinal, seu pai, sem se quer saber, utilizou da persuasão, dos sofistas, para encher seu pasto de vacas que só queriam o capim de cada dia.

Sempre quando tinham essas conversas o ambiente ficava calado.

Continua...


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Imagem retirada do site: http://alanpereira.arteblog.com.br/48591/Desenho-de-Observacao-Modelo-Vivo-02/

sábado, 21 de agosto de 2010

A preguiça de contar verdades

O dia primeiro de Abril ficará marcado para toda história da humanidade, porque cientistas da UFP, Universidade Federal dos Preguiçosos, descobriram a cura para a preguiça. Elídio, cientista e coordenador de pesquisas da Universidade, desempenhou durante cinco anos testes para descobrir os sintomas, as causas e os efeitos da preguiça para chegar à cura. Durante esse período, vários colaboradoras serviram-se de cobaia para realização de testes, entre eles, o de dormir durante 22 horas ininterruptas. Flávio, um dos colaboradores, mais conhecido como bicho preguiça, afirmou que dormir durante vinte e duas horas foi fácil, difícil foi ficar acordado durante duas horas, período que utilizava para ir ao banheiro e alimentar-se. A Universidade tem a intenção, junto ao Governo, de, se possível, começar a comercializar os remédios contra a preguiça: venda de camas, lençóis, travesseiros e pantufas. O próximo passo da Universidade é descobrir a cura para a mentira, dando fim ao dia 1º de Abril.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O mistério do hot dog


No último sábado, na cidade de Mirassol, interior de São Paulo, a polícia militar prendeu dois suspeitos de terem feito um assalto perigoso à uma barraca de hot dog. O fato, que causou espanto em todos moradores da pacata cidade, deixou até os delegados da 24º batalhão da Polícia Militar de Mirassol espantados. O delegado Antônio, que está há mais de vinte anos na polícia, disse que nunca tinha visto algo parecido. Segundo ele, era comum ver assaltos à joalherias de shopping centers, bancos, postos de gasolina mas não barracas de hot dog. Seu Manuel, dono da barraca, disse que essa foi a quarta vez, em menos de cinco meses, que seu estabelecimento foi assaltado. A Polícia está investigando o caso que deixou a comunidade inteira boquiaberta. Caso você tenha mais informações sobre o paradeiro dessa máfia de assaltantes de barracas de Hot Dog, denuncie: 0800 mais vinagrete e pouca mostarda ou acesse: www.whereismyhotdog.com.br

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lembro-me do que não devo.


Quando tinha meus quatorze anos, fui ao supermercado com meus pais. Passando entre as fileiras, vi um homem bem trajado, parecia-me rico em conhecimento ou ao menos sua aparência era de um. Detive-me quieto durante o resto do dia. Minha mãe, preocupada, perguntou-me o que estava acontecendo. Perguntei se ela lembrava-se do homem do supermercado. Mamãe, com sua total inocência do passado, disse não. Pois é, cinco anos passaram-se e eu recordo-me perfeitamente daquele homem. Homem rico de conhecimento. Hoje, com dezenove anos, entendi o porque da minha quietude efêmera. Certas lembranças fazem-me duvidar de tudo. Quem foi que disse mesmo que as perguntas são mais essenciais que as respostas? Filosofia, grande Sofia, amiga do conhecimento, sabedoria - Ops! Quase perdi o foco. Afinal, era aquele homem inteligente ou as imagens do exterior fizeram-me acreditar até hoje que para ser igual a ele tenho que ser irreal? Quero deixar bem claro que não há nada de existencialismo aqui. Aliás, que o nada o tenha, Sartre. Sei lá.. Sei lá.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cante: B+A = trumbicar.

Se nos ensinaram que o casamento de B + A é igual a BA, por que fazem questão de não nos convidar a este casório? Dentro dessa questão há uma série de fatores que são de relevância para ter uma reflexão sobre a dificuldade de se comunicar. Se comunicar é como abrir as janelas de um quarto cheio de letras que ainda não se encontraram. Ao trocar informações em conversas, palestras, aulas, happy hour com pessoas, adquirimos cultura, seja ela erudita ou popular. Segundo Marcos Bagno, nós já nascemos falantes nativos da linha portuguesa, portanto, não há motivos para ter medo em se comunicar. Nós, brasileiros, sabemos falar português do nosso país. O problema é a maneira que o ensino da língua portuguesa segue, que é a de forma mais tradicional, com ensinos inalteráveis de gramática. Há comprovações que a língua portuguesa é uma matéria cientifica totalmente dinâmica, ou seja, ao passar dos anos sua gramática altera-se. Com essa forma de ensino totalmente conservador, iremos sempre andar trumbicando. Às crianças que entram na escola continuarão ensinando-as sobre o verbo trumbicar ao invés de ensiná-las a ter noções sobre a criação e o desenvolvimento de senso crítico, comunicação e moral.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Mulheres presas, mulheres livres.


Ao passar das décadas, a mulher brasileira passou por grandes revoluções e manifestações, até o dia em que aclamou-se em torno de uma só palavra: igualdade. Durante muito tempo, a mulher brasileira foi tratada como objeto sem valor. Considerada apenas como criadora e procriadora, detinha apenas os afazeres domésticos. Em meio a isso, houve dogmas em que mulheres não trabalhariam em outro lugar, a não ser sua casa. Em meio a essa desigualdade, surgia a violência doméstica. Maridos batiam em suas esposas, e elas, sem ter onde recorrer, seguiam o caminho do silêncio e da dor. A quebra desse sigilo foi Maria da Penha, uma entre outras Marias deste Brasil que sofreram agressões físicas por seus cônjuges. Maria, que foi agredida por seu marido durante seis anos, ficou paraplégica e contornada por diversos atos cruéis até o dia em que teve sua vitória: a criação da Lei Maria da Penha. Essa lei, que entrou em vigor no ano de 2006, tem como objetivo punir agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar, realizar prisões em flagrante, havendo também o aumento da pena, de um ano para três. Com leis mais justas, a mulher brasileira deu um salto em nossa sociedade. Com a diminuição da violência doméstica, elas resolveram abrir a porta de suas casas e irem para o mundo. Vemos, nos dias de hoje, que a quantidade de mulheres atuando no mercado de trabalho, em funções que antes eram somente para homens, aumentou. Antigamente víamos as mulheres andando dentro de taxis, ônibus, transporte público em geral, como passageiras. Com o passar dos anos e a aceitação de leis mais iguais, elas ocupam outra posição dentro dos transportes coletivos, a de motoristas. De forma metafórica, são elas que nos guiam aos lugares agora. A mulher brasileira é um exemplo de que a reflexão da ética é de fundamental importância para a alteração da moral social.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Propaganda em verde e amarelo


Persuasão é a palavra chave para ter uma reflexão sobre a influência da propaganda na vida das pessoas. Para dar início a esse texto, precisei convencer-me de que sou capaz de ter ideias para posteriormente apresentá-las, correto? Pois bem, a propaganda se dá por isso: convencimento. A propaganda convence, vence, vende, usa, abusa, troca e joga fora. Segundo grande filosofo contemporâneo Gilles Lipovetsky, a moda é a espinha dorsal do consumismo. São sapatos, calças, saias, camisas que fazem o consumo tornar-se de total necessidade dentro de cabeças acríticas. Com a propaganda, isso ocorre de forma mais eficaz. A moda, a propaganda e o consumo não param do outono ao inverno, da primavera ao verão. E as palavras-chave para entrar neste mundo são: persuadir, vender e lucrar. Analisando friamente, a publicidade tem uma função importante em nossa sociedade, afinal, com ela a venda de produtos aumenta e isso colabora com o crescimento econômico do nosso Brasil. Aliás, um exemplo notável disto é a Copa do Mundo. Tem algo melhor do que isso? A venda de artigos do Brasil neste período cresce abruptamente. São bandeirinhas, apitos, camisas personalizadas, tintas para colorir as ruas de verde e amarelo. Todos lucram, desde grandes empresários até vendedores ambulantes nos faróis. Durante um mês, o Brasil gera empregos temporários, produz mais, consome mais, lucra mais. Porém, como disse anteriormente, ela usa, abusa, troca e joga fora. Ou seja, seremos brasileiros até quando a propaganda quiser. Quando a Copa do Mundo acabar, a propaganda direcionada ao Brasil acabará também. Continuaremos mostrando que temos orgulho de ser brasileiro ou esse sentimento irá embora junto com sua propaganda? Esse é o lado negativo dela, com suas publicidades totalmente conativas, que conduz uma nação ao consumo inquestionável e ao sentimento, que por boa parte é efêmero: orgulho de ser brasileiro.

sábado, 17 de abril de 2010

Medos, fantasias e um pouco de maquiagem: Qual é a de inovar?


Medos, fantasias e um pouco de maquiagem: Qual é a de inovar?
Sempre tive medo de tentar saber o contexto dessas palavras, afinal, a cada página lida torno-me uma fantasia cheia de maquiagem.
"O mundo parece um ser tornado à vaidade, não é?" Disse-me um velho senhor ao enxergar o contraste urbano de sua sociedade - a aurora do dia não trouxera-me o real significado das ditas palavras. Talvez tenha sido a fantasia, a fantasia de não querer ver a realidade que deixou-me assim: com medo e cheio de maquiagem na alma e no rosto. Desgosto, pardon.

" Pra que ter a chave se a porta já está aberta? "


SE QUESTIONE.

sábado, 3 de abril de 2010

Mundo inquestionável?


Somos nada, nada somos.
É, leitor. Crise de existência? Que nada.
Somos controlados por cordas invisíveis que se quer nos damos ao cuidado de saber de onde que elas vem e pra onde nos levam.
Controlada é a rotina que me corrói. Embecilidade foi quem disse que o trabalho enobrece o homem. Enobrece mesmo?
A vaidade deixa-nos cada vez mais cegos de toda razão. Afinal, eu sou o que sou ou sou o que tenho?
Ó! Lá se vai mais um que se entrega ao pensamento brilhante de que ter é ser.
Esse ano é ano de votar. Votar em quem será o melhor jogador brasileiro na copa do mundo ou votar em que nos representará pelos próximos quatro anos? Afinal, é mais importante o hexa ou ter uma sociedade comum a todos? Vai saber, vai saber..
Acho que Rousseau tava certo. É mais fácil acreditar que a sociedade corrompe-nos do que redime. Por quê somos assim? Por quê somos formados para não ter formação de opinião? Desserviço é isso. Se o jovem é a revolução e se é mesmo que existe democracia, por que fazem-nos crer que tudo é possível e que o impossível faz parte de outro mundo?
Se tudo fosse possível, a pressa não existiria. Quem tem fome, tem pressa.
Se tudo fosse possível, eu não veria pessoas nas ruas, abandonadas como objetos sem o menor valor. É ano de eleição, né? Já havia esquecido. Será que esses moradores em situação de rua sabem o que é voto? NÃO! São eles indigentes então? CLARO QUE NÃO.
Eles esperam por nós que pelo menos temos acesso ao conhecimento, possamos responder por eles! Eles tem pressa de fome, nós ao menos deveríamos ter pressa de atitude.
Me revolto com a elite que teme o assalto, teme a morte, teme o sequestro, mas, não tá nem aí para o contexto dessa obra em B&W que é a miséria.
Eu temo a morte, temo a falência de meu poder de decisão, temo a falência de minha razão.
Se ela morrer, tadinho de mim. Mais um operário serei e na fadiga ficarei, e é isso que eles querem, é isso que eles aguardam. Mas calma, se eu me questiono, vou além.
Quer um mundo melhor? Se questione.