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terça-feira, 29 de junho de 2010

Mulheres presas, mulheres livres.


Ao passar das décadas, a mulher brasileira passou por grandes revoluções e manifestações, até o dia em que aclamou-se em torno de uma só palavra: igualdade. Durante muito tempo, a mulher brasileira foi tratada como objeto sem valor. Considerada apenas como criadora e procriadora, detinha apenas os afazeres domésticos. Em meio a isso, houve dogmas em que mulheres não trabalhariam em outro lugar, a não ser sua casa. Em meio a essa desigualdade, surgia a violência doméstica. Maridos batiam em suas esposas, e elas, sem ter onde recorrer, seguiam o caminho do silêncio e da dor. A quebra desse sigilo foi Maria da Penha, uma entre outras Marias deste Brasil que sofreram agressões físicas por seus cônjuges. Maria, que foi agredida por seu marido durante seis anos, ficou paraplégica e contornada por diversos atos cruéis até o dia em que teve sua vitória: a criação da Lei Maria da Penha. Essa lei, que entrou em vigor no ano de 2006, tem como objetivo punir agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar, realizar prisões em flagrante, havendo também o aumento da pena, de um ano para três. Com leis mais justas, a mulher brasileira deu um salto em nossa sociedade. Com a diminuição da violência doméstica, elas resolveram abrir a porta de suas casas e irem para o mundo. Vemos, nos dias de hoje, que a quantidade de mulheres atuando no mercado de trabalho, em funções que antes eram somente para homens, aumentou. Antigamente víamos as mulheres andando dentro de taxis, ônibus, transporte público em geral, como passageiras. Com o passar dos anos e a aceitação de leis mais iguais, elas ocupam outra posição dentro dos transportes coletivos, a de motoristas. De forma metafórica, são elas que nos guiam aos lugares agora. A mulher brasileira é um exemplo de que a reflexão da ética é de fundamental importância para a alteração da moral social.

Um comentário:

  1. Muito bom o texto, Renato, de parabéns novamente. A mulher realmente conquistou muito nas últimas décadas, mas é fato que ainda sofre uma certa discriminação meio disfarçada, e ainda ganha menos que o homem exercendo o mesmo cargo. Pior ainda é a situação das mulheres negras, que têm o menor salário entre homens e mulheres no geral. Ainda há o que conquistar, sem dúvida. Abraços.

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