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Sou um andarilho falastrão.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lembro-me do que não devo.


Quando tinha meus quatorze anos, fui ao supermercado com meus pais. Passando entre as fileiras, vi um homem bem trajado, parecia-me rico em conhecimento ou ao menos sua aparência era de um. Detive-me quieto durante o resto do dia. Minha mãe, preocupada, perguntou-me o que estava acontecendo. Perguntei se ela lembrava-se do homem do supermercado. Mamãe, com sua total inocência do passado, disse não. Pois é, cinco anos passaram-se e eu recordo-me perfeitamente daquele homem. Homem rico de conhecimento. Hoje, com dezenove anos, entendi o porque da minha quietude efêmera. Certas lembranças fazem-me duvidar de tudo. Quem foi que disse mesmo que as perguntas são mais essenciais que as respostas? Filosofia, grande Sofia, amiga do conhecimento, sabedoria - Ops! Quase perdi o foco. Afinal, era aquele homem inteligente ou as imagens do exterior fizeram-me acreditar até hoje que para ser igual a ele tenho que ser irreal? Quero deixar bem claro que não há nada de existencialismo aqui. Aliás, que o nada o tenha, Sartre. Sei lá.. Sei lá.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cante: B+A = trumbicar.

Se nos ensinaram que o casamento de B + A é igual a BA, por que fazem questão de não nos convidar a este casório? Dentro dessa questão há uma série de fatores que são de relevância para ter uma reflexão sobre a dificuldade de se comunicar. Se comunicar é como abrir as janelas de um quarto cheio de letras que ainda não se encontraram. Ao trocar informações em conversas, palestras, aulas, happy hour com pessoas, adquirimos cultura, seja ela erudita ou popular. Segundo Marcos Bagno, nós já nascemos falantes nativos da linha portuguesa, portanto, não há motivos para ter medo em se comunicar. Nós, brasileiros, sabemos falar português do nosso país. O problema é a maneira que o ensino da língua portuguesa segue, que é a de forma mais tradicional, com ensinos inalteráveis de gramática. Há comprovações que a língua portuguesa é uma matéria cientifica totalmente dinâmica, ou seja, ao passar dos anos sua gramática altera-se. Com essa forma de ensino totalmente conservador, iremos sempre andar trumbicando. Às crianças que entram na escola continuarão ensinando-as sobre o verbo trumbicar ao invés de ensiná-las a ter noções sobre a criação e o desenvolvimento de senso crítico, comunicação e moral.