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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lembro-me do que não devo.


Quando tinha meus quatorze anos, fui ao supermercado com meus pais. Passando entre as fileiras, vi um homem bem trajado, parecia-me rico em conhecimento ou ao menos sua aparência era de um. Detive-me quieto durante o resto do dia. Minha mãe, preocupada, perguntou-me o que estava acontecendo. Perguntei se ela lembrava-se do homem do supermercado. Mamãe, com sua total inocência do passado, disse não. Pois é, cinco anos passaram-se e eu recordo-me perfeitamente daquele homem. Homem rico de conhecimento. Hoje, com dezenove anos, entendi o porque da minha quietude efêmera. Certas lembranças fazem-me duvidar de tudo. Quem foi que disse mesmo que as perguntas são mais essenciais que as respostas? Filosofia, grande Sofia, amiga do conhecimento, sabedoria - Ops! Quase perdi o foco. Afinal, era aquele homem inteligente ou as imagens do exterior fizeram-me acreditar até hoje que para ser igual a ele tenho que ser irreal? Quero deixar bem claro que não há nada de existencialismo aqui. Aliás, que o nada o tenha, Sartre. Sei lá.. Sei lá.

3 comentários:

  1. booooa renato.

    primeiro de muitos textos por aqui.
    quem era o homem
    o homem era

    era

    homem, era o homem?


    de que importa?
    se você ainda tem uns trocados para o pão e cerveja...
    mas até isso te tomam.
    e amanhâ
    e o seu companheiro ao lado.


    companheiros.
    é a luta pelo pão e cerveja,
    pelo trabalho e pelo salário
    pela vida e pela existência!

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  2. Reanto, duvidar; questionar; duvidar; questionar...sempre. Não perca nunca isso, você tão jovem. Ah, afrontar os poderosos faz bem ao espírito. Humano, bem entendido. Abração!

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  3. Muito significado em poucas linhas. Gosto de ler coisas assim. Seguirei.

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